Os dias passam, até que me encontro com Leazinha no RU. Eu sorrio para ela e pergunto como estava sua vida. Ela me afirma que ficou tudo ótimo depois que o “capiroto” morreu. Era nítido que ela estava realmente feliz. Quando o almoço terminou, ela afirmou que jamais irá se afastar de mim, que eu e João éramos anjos em sua vida. Me abraça e vai embora. Ela era muito borboleta para aceitar o meu casulo.
Um ano após aquela confusão, João e Luíza casaram-se. Ela não conseguiu resistir ao charme humorístico de nosso mocinho. Leazinha foi convidada para ser madrinha, e eu, o padrinho. Foi tudo muito lindo, mesmo com o padre se atrasando.
Naquela noite, no meio da festa, Leazinha confirmou o que eu já sabia, a gente não ia ficar juntos. Seguiríamos nos beijando, nos agarrando e até transando, mas sem nada fixo, quando desse certo, a gente se “pegava”.
No fim da história, João e Luíza viraram um casal famoso que contavam fofocas de artistas no YouTube. Eu segui minha carreira universitária, com a meta de me tornar um doutor, ou seja, quem faz doutorado. Enquanto isso, Leazinha abriu uma conta no Onlyfans, aonde fazia um sucesso arrepiante. O sucesso a fez abandonar a carreira de acompanhante. Ela dava prazer, mas sem necessidade do ato presencial. Lá ela se chamava “A Dama do Benfica”, ela gostou desse apelido que a dei quando ela me pegava nos muros da Reitoria. Aliás, de vez em quando, a recordação virava ato presente. A gente era louco, mas loucos felizes. A Rua Nossa Senhora dos Remédios com Paulino Nogueira era nosso cantinho da madrugada.
A vida é cíclica, as coisas simplesmente acontecem…