Francisco Antônio era um cara com mais ou menos 40 anos de idade que detestava tudo o que remetia as festas de Natal.
Para exemplificar esse seu ódio, Francisco Antônio odiava qualquer tipo de confraternização. Sempre inventava as doenças mais macabra que existiam, para não comparecer às festividades ao qual era convidado.
Francisco Antônio detestava a árvore de natal, as guirlandas, as luzinhas “pisca-pisca” e, obviamente, o arroz com uva passas. Francisco Antônio tinha tanta raiva de Natal que largava a sua fé católica pela fé no candomblé entre os dias 24 e 25 de dezembro. No dia 26 voltava a ser católico. Axé!
Uma certa noite, em uma festa de confraternização ao qual ele não conseguiu faltar, ele conheceu Edilene. Ao contrário de Francisco Antônio, Edilene amava tudo o que se relacionava ao Natal.
Para fazer bonito diante a nova namorada, Francisco Antônio aceitou o convite e passou a noite de natal com Edilene e a família dela.
Ao chegar na casa de Edilene, Francisco se deparou com um Papai Noel da altura do corredor da casa, com um presépio da largura da parede da sala, isso sem falar em todos os aspectos natalinos que haviam ali, da entrada até o quintal. Mesmo sendo Fortaleza, tinha até meia na chaminé. Isso mesmo, CHAMINÉ. Obviamente, uma chaminé falsa que encobria a estante da casa .
O pior de tudo foi na hora da ceia. Primeiramente, mesmo morrendo de fome, Francisco teve que esperar dá a meia-noite e família inteira de Edilene cantar “Então é Natal!”. Sim, a família era exagerada nos festejos, mas o pior ainda estava por vir. Chester, Arroz com Uvas Passas e a rabada. Era pressão demais! Francisco saiu dali desesperado!
O namoro acabou após o “piti” de Francisco Antônio!
No ano seguinte, Francisco Antônio teve o seu natal sossegado, comendo sua pizza pedida pelo Ifood, assistindo filmes antigos que não falassem de Papai Noel ou coisas do tipo.
Francisco Antônio… nem Grinch odiava tanto o Natal!


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