No instante em que os corpos se encontraram,
Sob o véu da noite, tímida e bela,
A alma em chamas, como estrela a pairar,
Roubou-se o alento, a vida se fez nela.
Seus dedos, laços de um destino escrito,
Desataram segredos há sonhados;
No toque, o mundo era infinito,
E os lábios, sóis por séculos calados.
Ah! Que doce loucura, este primeiro
Laço de carne e sonho, eterno e breve:
Flor que desabrocha no jardim inteiro,
Mar que invade a praia, sem que a leve.
E agora, em seu peito, o eco desta glória —
Um homem feito, na memória da história.


Deixe um comentário