Dexaketo

Simplesmente Gaiato

Na Sombra Fria

Na sombra fria onde o silêncio mora,
Habita a alma que o mundo esqueceu;
Nenhuma voz rompe a calada aurora,
Nenhum olhar por ela se voltou.

O tempo passa em passos de agonia,
Entre paredes que ecoam saudade;
A luz da lua entra com melancolia,
Vestindo a noite de pura verdade.

Não há festim, nem riso, nem abraço,
Só o compasso do relógio a contar
O vazio que cresce em cada traço
Do coração que não tem mais lugar.

Mas nessa dor, tão nua e tão funda,
Ainda pulsa uma chama – a esperança do mundo.

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