No verde escuro das matas tão serenas,
Encontro o abrigo que meu peito anseia.
Entre raízes, troncos e verbenas,
A natureza é a musa que me alteia.
Seus rios cantam versos de sirenas,
E o vento dança em doce melopeia.
Nas manhãs claras, entre folhas amenas,
Meu coração se entrega à luz fremente e cheia.
Oh, terra fértil, mãe de vida e graça,
Teu perfume é carícia que embriaga,
Nos teus segredos minha alma se desfaz.
Amo-te, natureza, em pura raça,
Pois és poesia que jamais se apaga,
És força, beleza; és o eterno além capaz.


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