Nos dias breves da idade incerta,
O coração palpita sem motivo,
Como onda que o vento faz desperta,
Trazendo um sonho novo, sempre vivo.
O mundo é vasto, mas lhe pesa perto,
Entre desejos crus e medo esquivo;
Busca-se em cada rosto, a sós, tão perto,
E no espelho, o reflexo fica altivo.
Sentimentos estranhos, turbilhões,
Entre o querer e o temor de crescer,
Entre o amor que explode em emoções.
São tantas vozes, tantos corações,
Mas o próprio silêncio há de vencer:


Deixe um comentário