No vácuo imenso deste mundo vão,
Perdido sigo em sombras que me envolvem.
A solidão, cruel prisão que evolvo,
É companhia em meu perene afã.
O vento chora pelos cantos frios,
Ecos vazios de um passado vão.
Busco no escuro os sonhos que se esvaem,
Mas só encontro o peso da razão.
As luzes distantes brilham sem calor,
Estrelas mudas num céu tão profundo,
Promessas vagas que não trazem dor.
Mas na quietude deste viver fundo,
Encontro enfim o eu que dorme em flor,
E na solidão desperto para o mundo.


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