No véu sutil do tempo que se esvai,
A essência flui qual rio sem cessar;
Transforma o ser em formas que desmaiam,
E ao mutável confere o eterno andar.
Como água que escorre entre rochedos,
Sutil presença aos poucos os invade,
E molda, em suaves e contínuos dedos,
O rude mármore da imensidão que invade.
Não há prisão que ao fluxo possa deter,
Pois tudo é movimento, a vida é transitar;
Nas veias do universo, tudo é correr.
Assim, no giro etéreo do existir,
A fluidez revela o ato de criar:
Um ciclo eterno, sempre a prosseguir.


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