Ao chegarem do hospital, Leazinha sequer espera a janta acontecer. Ela entrega a filha para Bernardo, o pai da criança fica sem entender o que estava acontecendo ali, mas Leazinha é bem clara:
“Está aí minha carta de alforria! Essa filha é sua, não é minha. Minha dívida está paga, nem precisa de recibo, eu quero minha liberdade… Agora! Não quero olhar mais na sua cara, não quero cogitar que um dia você existiu em minha vida. Você é podre! Você é nojento! Em troca de uma dívida, exigiu que eu te desse uma filha. Pois está aí ela em seus braços! Quero meu divórcio, o mais rápido possível!”
Diante da fúria de Leazinha, Bernardo propõe um acordo final:
“Ok. Foi o que lhe prometi e será cumprido. Fazemos o seguinte, você amamenta minha filha, enquanto os trâmites do divórcio vão ocorrendo. O governo acabou de aprovar um novo código civil e isso deve facilitar. Quando passar os seis meses da amamentação, você é livre para fazer o que quiser da sua vida. Podemos fazer isso?”
Passaram-se os seis meses de amamentação, e ainda no ano de 2003, o casal não existia mais. Foram quase quatro anos de pura ficção.


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