Dexaketo Textos Um Pouquinho de Amor Não Faz Mal a Ninguém

Um Pouquinho de Amor Não Faz Mal a Ninguém – Capítulo 6

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Liguei para Luiza e avisei que tínhamos que acabar com tudo, porque nosso amor era impossível! Luiza se revoltou e disse que eu devia lutar contra quem não me deixa ser feliz e não com quem me fazia feliz. Eu ainda chorando, grito que essa era minha decisão e que não existia mais volta. As lágrimas caíam, mas o celular tive que desligar. Uma música triste de Carla Bruni começou a tocar no meu coração, era uma espécie de trilha sonora do pior dia da minha vida. Nada era capaz de me arrancar um sorriso naquele maldito dia.

Já no colégio, Luiza veio atrás de mim em busca de alguma explicação do que ocorreu à noite. Ela não entendia porque eu resolvi terminar tudo por telefone, se ontem estava tudo ótimo entre a gente. Eu a beijei, ela me empurrou e perguntou se eu estava louca. Eu começo a chorar afirmando que minha família não aceita que possamos nos amar, que eu teria de escolher entre a família e ela. Luiza rir ironicamente pra mim e diz que eu não era digna do amor dela, pois estava me sujeitando as regras homofóbicas de minha família, ao invés, de lutar por nossa felicidade. Eu falei que Bernardo quase morreu por nossa causa. Luiza olha pra mim, e antes de virar as costas, afirma que Bernardo apanhou porque eu tinha uma família homofóbica e não porque nos amávamos. Ela vai embora dali, me restando apenas o chão e as lágrimas.

Nos dias seguintes, Bernardo se recupera, mas sua família vai embora do condomínio. Luiza troca de colégio. Eu volto pra casa, mas passei a ser vigiada por Jon e dois amigos dele que me impediam de ser “tentada pelo cão” . Eu arrumo uns namorados fakes para mostrar para minha família que estava “curada”. Porém toda noite, escutava Shania Twain me lembrando de Luiza.

O tempo passa, exatos 4 anos, eu entro no ensino superior. Queria Educação Física, mas sou obrigada a ir pro Direito, pois Educação Física não dava dinheiro. Queria UFC, mas me matriculam na UNIFOR, pois na UFC tinha muito “comunista, maconheiro, viado e sapatão”.

No primeiro dia, estava me direcionando a sala de aula, quando…

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