Letra
É que eu sou da pele preta
Quilombo do povo… Sou Vai-Vai
Um privilégio que não é pra qualquer um
Protegido e abençoado por ogum
Axé… Eu sou a negra alma do Bixiga
Herança que marcou a minha vida
Tem que respeitar minha raiz
O Orum vai desvendar toda a verdade
Pra resgatar a nossa identidade
Das linhas que a história apagou
África… A negra mãe da humanidade
Nas marcas de um passado tão presente
A luta que Mandela ensinou
É a força de lutar por nossa gente
Clamando a justiça de Xangô!!!
Ô Inaê… Rainha do mar!
Alodê… Iabá, Odoyá…
Cuida de mim Mamãe
Leva meu pranto
Em seus braços o meu acalanto
Ecoa o grito forte na senzala
Nos olhos brilha um novo amanhecer
Aruanda ê… Aruanda…
Trago a força de palmares
Pra vencer demanda
A liberdade é minha por direito
Não vamos tolerar o preconceito
Somos todos irmãos
E a luz da razão vai nos guiar
Sorrir… “sim, nós podemos” sonhar
Pois temos um futuro pela frente
Punhos cerrados a Saracura está presente