Nesta sexta-feira (8) começa a maior edição do Brasileirão Série B de todos os tempos. Não é exagero se referir a esta edição de tal maneira. Nunca se teve tanto time gigante e grande reunidos na Segundona como haverá em 2022.
Grêmio, Vasco e Cruzeiro puxam a fila dos gigantes que estão nessa Série B.
O Grêmio terá que provar em campo que seu rebaixamento foi um acidente e que o retorno à Série A será tranquilo. Tem time e condições para isso. É o grande favorito não só ao acesso, como ao título. Não matar a torcida do coração numa Segundona, como nas duas últimas participações, é um objetivo, que teoricamente, será cumprido pelo imortal tricolor.
Já o Vasco, em sua segunda série B consecutiva, e quinta no total, tentará não estressar mais seu torcedor. O clube pode ficar “rico” durante o campeonato, mas por enquanto, a cautela existe, e o quarto lugar já será o suficiente para fazer sua imensa torcida bem feliz.
Enquanto isso, o time de Ronaldo buscará sair do inferno astral. Em sua terceira participação consecutiva na Série B, o Cruzeiro entra, pela primeira vez, como um dos cotados ao acesso. A boa campanha no Estadual e a estabilidade econômica/política prometida por Ronaldo, pode dar fim a um ciclo tenebroso, iniciado em 2019, com o inédito rebaixamento. Nas edições passadas da Segundona, a Raposa foi coadjuvante em 2020 e lutou contra o rebaixamento para Série C em 2021. O momento do “chega” aparenta ter chegado.
Além do trio de campeões da Libertadores, a Segundona ainda conta com sexteto arrojado de nordestinos, formado pelos campeões brasileiros, Bahia e Sport, além dos sempre destemidos, Náutico, CRB, CSA e Sampaio Corrêa. Todos entram sonhando com a elite, mas sabendo que a tradição recente costuma puxar um grande para Série C. É o famoso olho no céu, mas sem titubear, para conhecer o inferno.
Após 5 temporadas consecutivas na elite, na temporada em que mais se esperava do Bahia, foi a que ocorreu o rebaixamento. O tricolor da boa terra quer esquecer o trágico primeiro semestre, aonde foi eliminado precocemente do estadual e do Nordestão. Agora é se reencontrar e buscar o acesso. O Bahia tentará algo inédito em sua história. Cair e voltar na temporada seguinte. O tricolor jamais conseguiu fazer isso, nem mesmo no rebaixamento para Série C em 2005. Subir é a única opção aceita em Salvador.
Em Pernambuco, Sport e Náutico entram com o mesmo desejo de acesso. O Vice do Nordestão deu ânimo ao Leão, que não vive uma boa fase financeira, mas encontra na força da torcida e de um elenco cascudo, o sonho de retornar imediatamente para Série A. Já o Timbu, que reviverá a “batalha dos aflitos” contra o Grêmio este ano, quer retornar a elite após 9 anos longe da principal divisão nacional. Em sua terceira Série B consecutiva, após o retorno da Série C, o alvirrubro sabe que tem elenco e força para brigar nas cabeças.
Já em Alagoas, CRB e CSA querem aproveitar o grande momento da dupla no cenário nacional. Depois de jogar a Série A em 2019, e ficar em quinto, nos últimos dois anos na Série B, o CSA sabe que tem condições de retornar à elite, mas para isso ocorrer, o clube sabe que não pode deixar para arrancar no fim. Começar bem é o segredo para tentar o retorno. Já o CRB, quer mostrar que não foi semifinalista da Copa do Nordeste à toa. O Galo que não joga a primeira divisão desde os anos 1980, sabe que nunca esteve com condições tão favoráveis para o acesso, apesar de está na Série B mais concorrida da história.
Do Maranhão, a “Bolívia Querida” quer deixar de ser apenas um participante. Após os últimos anos de coadjuvante na Segundona, o time maranhense quer surpreender. Porém para não ser surpreendido e acabar caindo para Série C, o Sampaio Côrrea está se ajustando, após um primeiro semestre muito aquém das expectativas. Pode se esperar tudo do tricolor maranhense, absolutamente tudo.
De São Paulo, o Guarani, há 12 anos longe da elite, promete não bobear como em 2021, e quer o retorno à elite, mesmo não sendo um dos favoritos. Já o Ituano quer a inédita promoção. O campeão da Terceirona do ano passado, já mostrou no Paulistão que pode surpreender. Ponte Preta e Novorizontino buscam se recuperar do rebaixamento no estadual. Inicialmente, a permanência na Série B já soa como uma conquista.
Vila Nova e Tombense não querem ser só figurante. Com os rivais sempre jogando a Série A, o alvirrubro goiano quer voltar a elite. Já são quase 40 anos longe da Série A. Chegar a elite seria uma surpresa inesquecível para o lado vermelho de Goiânia. A Tombense está estreando, mas só permanecer não parece ser o único objetivo para quem tentou tanto chegar à Segundona.
Do Sul do país, o Operário aparenta ficar contente com a permanência, mas quem for a Ponta Grossa, o visitar, já sabe que o fantasma costuma aprontar por lá. Não seria surpresa nenhuma o alvinegro paranaense ficar entre os 10. Para o Londrina, ficar na Série B, já seria o suficiente para o ano ser muito bom. A torcida só não quer sofrer até os últimos minutos como ocorreu na temporada passada. Já em Santa Catarina, o Brusque, parece empolgado após o título estadual. Depois de escapar da degola em 2021, chegar a um inédito acesso, seria a “cereja do bolo” dos últimos anos gloriosos. Enquanto isso, os tradicionais Criciúma e Chapecoense reúnem forças para se reencontrarem. Com tradição de participações na Série A, a dupla não aparenta lutar pelo acesso, mas se deixarem o tigre e o condá se empolgarem, já sabe que é difícil demais segurá-los, principalmente, nos jogos como mandante.
Não vai ser qualquer Série B, tem tudo para ser a melhor Série B da história. Se as expectativas irão se realizar, não sabemos, mas até Novembro, as emoções prometem ser fortes nos gramados da Segundona.



















