A porta da “Casa do Vôlei” estava fechada.
Foi o que encontramos hoje, terça, 8 de fevereiro, ao nos dirigirmos até a CBV para uma reunião que deveria ser com os atletas.
O gesto grita. A porta fechada na cara dos atletas é o que temos encontrado desde dezembro, quando a Comissão dos Atletas, representativa de mais de 92% dos mesmos, se posicionou contra as mudanças para as quais não foram ouvidos, apesar de várias tentativas.
Deixar de jogar nos machucou mas nos fortaleceu. Infelizmente nem todos entenderam que era por todos e para todos. Paciência.
Durante 1h ficamos esperando na porta da CBV. No lugar do diálogo, depois desse tempo, um representante do JURÍDICO da CBV foi enviado para comunicar que “não aceitariam a comissão”. O representante da entidade na área, gerente do vôlei de praia, sequer foi capaz de se apresentar. O descaso com as pessoas que estão trabalhando dia e noite por nós atletas já passou de todos os limites.
Ressaltamos mais uma vez que a Comissão de Atletas é, por natureza e representatividade, o coletivo que fala pelos atletas, não sendo cabível a instransigência e não havendo qualquer razão para a desqualificação da mesma por parte da CBV como representante dos atletas, Dessa forma, a CBV se fecha ao diálogo. Qual seria o motivo de separar os atletas nesse momento? Por que atender uns e a Comissão só ser atendida quando eles achassem “pertinente”, como eles mesmos disseram?
Seguimos acreditando que o diálogo, com toda a classe representada, é o único caminho de construção.
Nesse momento do Brasil e do mundo, de intolerância e onde a busca de consensos através do diálogo é um dos bens mais desejáveis, seguimos firmes em nossos propósitos.
Seguimos aguardando a única forma possível de sairmos desse embate, em nome de um bem maior e coletivo: o vôlei brasileiro. E a única forma é conversarmos para nos entendermos.
Aguardamos. Queremos diálogo e exigimos respeito.