Em meio as polêmicas e a crise que atormenta a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), uma comissão de dirigentes de clubes (5 da Série A, 2 da Série B, 1 da Série C e 1 da Série D) articulam uma maneira de tornar as atuais competições mais proveitosas aos clubes, e uma maneira encontrada seria que a organização das competições passariam para as mãos destes, enquanto a CBF só coordenaria as ações voltadas para a seleção e daria um apoio institucional a essa organização sem vetos ao acatado por estes, evitando a criação de uma provável liga.
Entre as principais discussões da comissão estão o sistema de disputa das competições e o formato do calendário. Os dirigentes das principais equipes da Série A querem ‘Europeizar’ o calendário brasileiro, para evitar os famosos desmanches de meio de temporada, já que a temporada na Europa começa em meados de Agosto, e negociações costumam fazer com clubes brasileiros percam peças importantes do elenco no meio do campeonato nacional, e com a regulação de 6 partidas maxímas em que um jogador pode trocar de time na mesma divisão, os clubes ficam sem peças de reposição. Com o calendário nacional começando em Agosto, ao invés de Janeiro, elencos seriam formados junto com os europeus e evitariam esse desmanche.
No sistema de disputa, os clubes da Série A e Série B querem redução de datas nos Estaduais, ou entrada dos grandes somente no decorrer das competições, criação de Regionais (como Copa Sul-Minas) e a volta do ‘mata-mata’ no Brasileirão (Formato ao fim do post). Na Série C, o pedido é pelo fim do ‘mata-mata’ e a criação de quadriagulares para definir o acesso. Na Série D, seria um calendário mais justo, onde o mínimo de jogos não seja somente 8, como é atualmente.
Outra pauta discutida, foi a questão dos direitos de transmissão. A evidente que a maioria dos clubes são contra a partilha instituída pela atual detentora dos direitos de transmissão para as próximas três temporadas (2016,2017 e 2018), onde Corinthians e Flamengo seriam os maiores beneficiados. A comissão quer a volta da negociação em bloco, que existia na época do Clube dos 13. O objetivo é uma partilha mais justa e com distorções menores entre os clubes. Para ter uma ideia, o Corinthians sozinho ganhará mais dinheiro que Cruzeiro e Atlético-MG juntos, apesar das recém conquistas dos clubes mineiros.
Para fechar, outra mudança televisiva, seria os horários de jogos. O atual horário das 22 horas institucionalizado pela detentora dos direitos de transmissão, desagrada a quase todos os clubes, Explicação para o descontentamento? O baixo público nos jogos de meio de semana. Segundo os clubes, não existe uma logística adequada para deslocamento do grande público para as partidas, além disso, o torcedor tem que de manhã cedo ir ao trabalho, e não existe condição lógica, de sair meia-noite do estádio, as sete da manhã já está de pé no trabalho.
– Formatos Propostos
- Calendário inicializando em Agosto e encerrando em Maio e Junho;
- Clubes participando da Copa do Brasil e das competições sul-americanas ao qual foi classificado.
- Estaduais encurtados ou com a entrada dos grandes após um período de disputa dos demais.
- Volta dos Regionais como a Copa Sul-Minas
- Brasileirão Série A e Série B com Pontos Corridos, em ida e volta, e ‘mata-mata’ entre os 4 melhores para definir o campeão, em jogos de ida e volta.
- Brasileirão Série C com 20 times na primeira fase e uma Segunda Fase com Quadrangular ou Octagonal Final, ao invés dos mata-matas.
- Brasileirão Série D com 40 times, como hoje, porém com mais datas e rodadas a disposição dos clubes.
- Partilha menos descrepantes entre os times da Primeira Divisão, diferente do proposto pela detentora dos direitos de transmissão.
Segundo os dirigentes, até o fim de Agosto, a decisão estará tomada.



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