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RESUMO

A ansiedade e medo de falhar estão presentes no desporto e podem prejudicar o rendimento do atleta. Para auxiliar os atletas a gerirem as emoções, é necessário estudar sobre os fatores que têm impacto no seu desempenho. O clima motivacional está associado aos pais, treinadores e colegas de equipa e a forma como se envolvem no desporto poderá influenciar a ansiedade e medo de falhar percepcionado pelo atleta (Goméz et al., 2020). Sari e Bizan (2022) concluíram que quando os pais se envolvem no desporto, o atleta tende a sentir-se mais motivado. A grit (resiliência), que diz respeito à paixão pela tarefa, está associada à motivação intrínseca e ajuda o atleta a agir em função dos seus objetivos a longo prazo (Duckworth et al., 2007). A grit tem impacto no desporto, pois auxilia o atleta a ultrapassar desafios e a focar-se nos objetivos, diminuindo a ansiedade e medo de falhar. O autocontrolo também é um fator importante no desporto, uma vez que se define como a capacidade de regular as próprias emoções e resistir aos impulsos (Duckworth & Gross, 2014). As estratégias de coping são auxílio para os atletas, pois a forma como este enfrenta o problema irá definir os níveis de ansiedade e medo de falhar (Sagar et al., 2009). A presente dissertação teve como objetivo explorar os fatores motivacionais e de grit associados à ansiedade e medo de falhar no desporto, mais concretamente no futebol, e as estratégias para lidar com os mesmos. Estudou-se a relação entre os perfis de clima motivacional e de grit com a ansiedade e medo de falhar (estudo I) e as estratégias utilizadas pelos atletas para gerir a ansiedade e medo de falhar (estudo II). Através de uma metodologia quantitativa, foram realizados dois estudos com o intuito
de dar resposta aos respetivos objetivos. Os instrumentos utilizados foram Clima Motivacional Percebido no Desporto (Fonseca, 2002), Escala de Ansiedade no Desporto 2 (Cruz & Gomes, 2007), Inventário de Avaliação do Medo de Falhar (Dias & Fonseca, 2011), Escala Breve de Grit (Coutinho et al., 2022), o Brief Cope (Dias et al., 2009) e a Escala do Autocontrolo (Cruz, 2008). Os resultados sugerem que as dimensões de grit, clima de mestria e autocontrolo ajudam na gestão da ansiedade e medo de falhar, já as estratégias de coping de negação, religião e autoculpabilização tendem a aumentar esses níveis. Estudos futuros longitudinais podem estudar estas variáveis noutra população e contexto. Assim como, estudar a relação entre a grit e as estratégias de coping.

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Autora: Joana Maria Andrade Viveiros Queiroz

Ano 2025

ProQuest

Ref: QUEIROZ, Joana Maria Andrade Viveiros. Ansiedade e Medo de Falhar em jovens jogadores de futebol: O papel de fatores disposicionais, motivacionais e comportamentais. 2024. Dissertação de Mestrado. Universidade do Porto (Portugal).