Próximo do meio-dia, a hora do almoço já era a hora mais importante na mente. Os serviços insistiam em chegar, mas a cabeça e o estômago montavam um complô contra o raciocínio. Meu chefe exclamava que só sairiam para o almoço, os funcionários que encerrassem as demandas da manhã, pois senão as demandas da tarde estariam abarrotadas. Entretanto, as demandas pareciam sem fim! Diante aquela situação, o desespero tomou de conta, e enquanto digitava, imprimia e grampeava, algo terrível aconteceu: Me grampiei!
O berro dado foi de uma dor imensurável! Todos pararam para ver o que havia acontecido. Meu chefe se desesperou ao ouvir o grito e desmaiou ao ver tanto sangue jorrando de meu dedo. Minha parceira de mesa correu para a enfermaria que existia no prédio, já outro colega, da mesa à frente, tentou estancar o sangue. O sub-gerente, sempre neurótico com esses assuntos de sangue, me levou para a UPA mais próxima.
Ao chegar na UPA, a recepcionista desmaiou ao ver tanto sangue. Sinceramente, não parecia que havia me grampeado, mas que um jacaré maldoso havia mordido meu dedo. Já no setor de urgência, o médico olhou para mim, mangou de tamanho rebuliço, fez os procedimentos e costurou a parte grampeada. Tomei uns dias de “molho” em casa. O sub-gerente avisou a todos que eu estava bem, e que eu teria uns dias de atestado em casa.
Já em casa, a única coisa que lamentava era não ter almoçado. Grampeador maldito!


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