Leazinha era uma mulher jovem, com seus 28 anos, que apesar das exigências sociais, preferia morar com a mãe e ver suas novelas e séries favoritas, do que estar casada e infeliz com os namorados escrotos que encontrava. Seu foco era profissional. Dar uma vida melhor para sua mãe era mais importante do que qualquer coisa.
Um certo dia, no trabalho, ela conheceu Bernardo. Um garoto de 18 anos, que estava ali para fazer o melhor para empresa e para si. Ele não tinha muito tempo para viver a vida de um garoto que acabou de entrar na maioridade. Ele não ganhou carro do pai, ele não fez uma festa para todos os amigos. Ao contrário, comemorava conquistar seu novo emprego como aprendiz.
Leazinha percebeu que em sua empresa, aonde a maioria das pessoas preocupavam-se com futilidades, como roupa de marca ou carro do ano, Bernardo se matava para manter seu emprego, pois era uma esperança de dias melhores na sua família.
Uma certa tarde, o dono da empresa avisou que estaria demitindo funcionários que discordavam das ideias de seu político de estimação, e logo, sobrou para Bernardo. Leazinha revoltou-se, pois Bernardo se matava pela empresa, era ridículo demiti-lo por sua opinião política. Segundo o dono da empresa, era não precisava desse “tipo de gente” em sua empresa. Naquele momento, Leazinha avisa que isso é crime. O dono da empresa pergunta se ela sabe com quem estava falando. Leazinha vai em direção ao RH, ela não podia trabalhar em um lugar que valoriza o político de estimação e não o funcionário.
No fim do dia, Bernardo agradeceu Leazinha pelo apoio, mas afirmou que já era a segunda empresa que ele era demitido, apesar por ser de esquerda. Leazinha afirma para Bernardo que ainda há lugares, aonde os empresários valorizaram o lucro, ao invés de um político que nem sabe da sua existência.
Após muita procura, Leazinha encontrou um novo emprego, muito melhor que o anterior e com pessoas bem menos fúteis. Logo, ela se enturmou e até gostar de gente, voltou a gostar. Enquanto isso, Bernardo também encontrou um emprego bacana, em que ele não só trabalhava, como ainda conseguiu tempo para estudar para o ENEM.
Quem resolve bajular político, perde pessoas incríveis ao seu redor. Lembrem-se: Ele nem sabe que você existe!


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