Bernardo era um cara calado, vivia a sua vida ali, sem nenhum tipo de aperreação. O povo até se agoniava, com o fato de ter alguém tão quieto por perto, mas ele seguia sua vida, sem se preocupar com a dos outros, seja para o bem ou para o mal.
Uma certa noite, enquanto voltava das compras no Cometa da Pinto Madeira, ele dá de cara com Leazinha, sim, aquela que seria a mulher da sua vida. Como típico nos filmes românticos de Hollywood, ela derrubou uns livros que carregava e ele a ajudou a apanhá-los do chão. Ela agradeceu, ele disse: “De nada!” E ambos seguiram para sua casas, porém, ambos não esqueciam um do outro.
Quis o destino, que na feirinha de arte da Praça Luiza Távora, eles se reencontram-se. Nesse instante, ela pede o nome dele. Ele sorri, timidamente, e confessa que se chama Bernardo, confessa porque ô homem para ter dificuldade para falar. Ela, por outro lado, exibe-se com um largo sorriso afirmando que seu nome era Leazinha.
Eles compram umas artes que ali encontraram e depois vão no Açaí, que tem nas costas da praça, na Costa Barros. No Açaí, eles comem e ela fala, fala, fala e fala mais um pouco. Ele só admira, fica bobo, encantando com espontaneidade que ela possui. O primeiro beijo sai após ela tomar a atitude. Ele tinha quase 30, mas era o primeiro beijo de sua vida. Já o dela, nem dava para contar.
Os dias passaram, os meses passaram, os anos passaram, e o amor se consolidou. Uma família linda com 3 filhos, 2 humanos e 1 cachorro. Uma graça de totó.
É, o amor tem disso!


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