Dexaketo

Simplesmente Gaiato

O Tigrinho que o Devorou

Na tela brilha a ilusão cruel do jogo,
O tempo foge, a conta some no escuro,
Cada aposta é um suspiro de um homem fraco

Ele vê o mundo girar em prata e ouro,
Mas seus bolsos são vazios como o vento,
E o azar sorri, um carrasco sem imposto.

O sono vai, a mente arde em pensamento,
A esposa chora, o filho pede pão,
Mas ele corre, como um doido, ao tormento.

Na banca fria, sua alma vende o chão,
Sonha com sorte, mas colhe derrota,
E o vício ri, fazendo em si uma cova.

Amanhece, e ele parte pra mais uma rota,
Preso a um ciclo que o consome em vão,
Um rei de cartas, num trono sem nota.

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