A gente se encontrou em meio ao som baixo
do jazz que ecoava no vão da sacada.
Teu riso abriu em mim um novo mapa,
onde o tempo se curva, onde tudo é mais raro.
Teus olhos refletiam a cidade molhada,
como se cada gota guardasse um segredo.
Aquela madrugada foi nossa, só nossa —
um verso escrito em pele, sincero e direto.
Dançamos sem música, só com o coração,
beijamos o silêncio entre luzes de neon.
Foi tipo filme em 16mm, desbotado, mas real.
E quando o sol riscou o céu de azul-claro,
sabia: aquele instante viraria farol.
Nem todo amor se vive, se sente!


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