No colégio Santa Marta, Leazinha, uma garota tímida de 14 anos, não conseguia tirar Bernardo da cabeça. Com seus 15 anos e fama de mais popular do colégio, ele era o sonho de qualquer aluna. Mas Leazinha sabia que não bastava ser bonita — precisava de um plano.
— Luiza, preciso da sua ajuda! — disse ela, animada, no recreio.
Luiza, sua melhor amiga de 13 anos, sorriu com malícia:
— Eu já sei tudo. E vou te ajudar a conquistá-lo.
As duas começaram a armar estratégias: aparecer nas mesmas festas, encontrar Bernardo “por acaso”, e até mesmo fazer com que ele notasse o quanto Leazinha era especial. Tudo parecia funcionar… até o dia em que Bernardo cumprimentou Luiza na entrada da escola.
Foi algo inesperado. Bernardo, que nunca havia reparado nela, começou a buscar conversas com Luiza. Riam juntos, estudavam no mesmo grupo, e logo os dois estavam namorando. Leazinha ficou arrasada, mas viu nisso uma oportunidade.
Sem depender de ninguém, passou a se cuidar mais, a falar com todos, a participar das atividades escolares. Virou voluntária do jornal da escola, brilhou nos debates e se tornou uma liderança natural entre os alunos. Em poucos meses, era ela quem todos admiravam. A antiga menina tímida agora era a nova queridinha do Santa Marta.
Certo dia, durante uma apresentação cultural, um novo aluno chegou à escola: João. Alto, cabelos bagunçados e olhar curioso, ele chamou atenção por algo raro: tocava violino como ninguém. Logo virou sensação.
João, sem querer, se tornou peça-chave na vida de Leazinha. Ele percebeu nela uma força que poucos tinham e, aos poucos, os dois foram se aproximando. Não por estratégia, nem por desejo de popularidade — mas por admiração verdadeira.
Bernardo e Luiza seguiam felizes. Leazinha, agora confiante, tinha João ao seu lado — não para competir, mas para apoiá-la. No fim, todos encontraram seu lugar. E no Santa Marta, o amor não veio pelas esperas, mas pelas surpresas.


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