A verdade se veste em mil figuras,
Reflete luz e abriga escuridão.
Nas vozes dos sábios, suas escrituras
Deram forma à dúvida e à sedução.
Pilatos perguntou com mão vazia:
“O que é a verdade?” — e seguiu sem vê-la.
Já disse Nietzsche: “não há verdade nua”,
Só interpretações sob roupagem sua.
Platão falou do mito da caverna,
Onde o real se mostra por visões.
Kant sonhou além da razão eterna,
Enquanto Foucault desvendou direções:
A verdade se curva ao poder e à crença,
É luz que também gera sombra imensa.


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