Ó doce luz que a mente embala e inflama,
Que ensina ao tempo novo modo de ser,
Tua voz traz o céu, desfaz na chama
O peito onde se esconde um lerdo viver.
És templo onde a razão se faz promessa,
Coluna de um saber que não se vê,
E em ti tudo é mistério e fineza,
Saber sem voz, presença que não ré.
Seus gestos são lições que o ar escreve,
E o olhar, mestre antigo de candura,
Que ensina até ao vento como deve
Soprar na tenra aurora da leitura.
Amo-te em versos, em silêncio breve —
No mundo onde ensinas, sou só figura.


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