São como o vento que assopra e some,
Brilham no escuro, mas não têm nome.
Fagulhas breves, chamas ao léu,
Dançam no peito sem rumo ou véu.
Chegam sorrateiras, em cores vibrantes,
Promessas guardadas nos lábios ardentes.
Mas mal se acendem, já vão se apagar,
Deixando apenas saudade a pairar.
Estrelas cadentes num céu de verão,
Beleza fugaz, breve emoção.
Tocam fundo, depois se desfazem,
Como ondas do mar que jamais se repassam.
Quem as segura sente espinhos nas mãos,
Pétalas frágeis que murcham nas canções.
Amores de instante, risos tão curtos,
Desenhos traçados com tintas incertos.
Ah, paixões voláteis, fogo e vapor,
Vêm para aquecer, mas também para dor.
Não deixam raízes, nem marcas no chão,
Apenas lembranças de um vago clarão.
E mesmo sabendo seu destino efêmero,
O coração busca esse laço passageiro.
Porque na vida, por mais que se lute,
É bonito amar, ainda que em minutos.


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