O vento passa cantando entre as folhagens,
Dançando livre em sua eterna sina,
Traze histórias de longínquas viagens
E acaricia a mais simples cotovina.
Ele não tem forma, nem rosto ou nome,
Mas tudo transforma ao seu passar sereno:
Desperta a semente dentro da fome,
E dá voz aos campos no silêncio pleno.
Por vezes se mostra brando e compassivo,
Noutras, furioso, rasga o céu de encontro
É poeta invisível, sutil e ativo,
Que escreve nos ares versos sem retrato.
Assim é a vida: força que não vejo,
Que sopra pra onde quer… e eu sou o lejo.


Deixe um comentário