Na primeira noite, sob a lua cheia,
Teus olhos eram o mar que me envolvia,
E em cada verso que a paixão semeia,
Jurei à sorte que a alma te entregaria.
Tua voz, harpa celeste em meu ouvido,
Tecendo promessas de um amor sem fim,
Naquele instante, o mundo foi vencido:
Éreis minha estrela, meu destino, meu jardim.
Mas eis que a noite seguinte, ao novo dia,
Outro rosto surgiu, de aurora vestido,
E em seus dedos dançou melodia
Que fez do amor anterior sombra esquecido.
Dois sóis brilham agora em meu peito insano:
A noite é perfeita… até ser outra, em vão.


Deixe um comentário