Na noite sombria, a alma em pranto envolta,
Sussurra o vento mágoas de um amor,
Nos versos que ecoam dor e desdém,
Erguem-se sombras do meu peito em flor.
Paixão que arde em lágrimas de Agosto,
Como Casimiro, suspira por um bem,
Sonhos que se esvaem em névoa fria,
E no abismo do ser, o coração convém.
Álvares de Azevedo, em versos lanceta,
Fere a ilusão que o tempo não consome:
“Ó vida! Breve cinza, efêmero aroma…”
Fagundes clama à lua, alma inquieta,
Junqueira entoa o hino do homem que some —
Último ato, a morte beija a derrota.


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