No peito aflito, o coração se inflama,
Por ti, que és luz da aurora em meu caminho.
Mas vejo claro: outro conquista o teu carinho,
E a mim só resta a sombra desse drama.
Teus olhos belos, qual estrelas sem par,
Brilham por ele, e eu, em dor solene,
Escondo o pranto que não pode vir à cena,
Pois sei que nunca hás de os voltar pra amar.
Oh, quão cruel destino me envolveste,
Amigo seu, mas n’alma sou rival,
E calo o grito que me enlouqueceste.
Por mais que doa este amor desigual,
Sigo a guardar-te afeto verdadeiro;
Se não posso ter-te, ao menos sou sincero.


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