Nos véus da noite, onde o sono habita,
Surge em meus sonhos um varão celeste.
Sua presença é luz que me conduz
Ao doce abrigo de um amor tão puro.
Não sei quem és, nem como teu ser grita,
Mas sinto os ecos brandos de tua voz.
És vulto etéreo, sombra que palpita,
Paixão distante, mas que me seduz.
Beleza inatingível, ardente bruma,
Teu rosto, enigma tecido ao luar,
Faz-me cativa deste amor que alumia.
Desperto, és fogo em minha íntima pluma;
Dormindo, és tudo que eu posso encontrar.
Amor platônico, só vivo por via.


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