No ônibus, aperto e sufoco vão,
O cheiro forte e o calor a pino,
Gente que entra, sai, num vaivém ruim,
E o tempo lento como morno chão.
As freadas bruscas, o soluçar do som,
Os gritos roucos de quem sempre espera,
A máquina velha que não pára quieta,
Como um monstro urbano a devorar o tom.
Mas ainda assim, gigante é seu valor,
Pois nas cidades grandes ele é sangue,
Que pulsa e move o corpo da metrópole.
Transporta sonhos, histórias, mil ofícios,
É a junção do caos com o serviço,
Um chato, mas que odiamos com amor


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