Do frágil broto à luz do primeiro dia,
O humano ser desdobra em labirintos:
Riso que vira pranto na agonia,
Sonhos que tecem véus em seus recintos.
Na infância, o mundo é puro quebra-cabeça;
Na aurora adulta, espinhos e vigílias.
O amor, farol que incendeia a cabeça,
Por vezes é cinza em mãos tão sombrias.
A vida, rio em curva, corre e escorre,
Carregando ilusões, memórias, rasgos.
O tempo, mestre astuto, tudo corre —
No berço e no sudário, os mesmos laços.
E assim, entre fulgor e desalento,
Vai o ser: um sopro no firmamento.


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