Ó sono doce, que em teu brando abraço
Nos conduzes a um plácido refúgio,
Do mundo apagas o cansado cansaço,
E inundas a alma em tépido delírio.
O corpo afunda em leito de ternura,
A mente voa em sonhos libertada,
E a vida, enfim, se faz mais doce e pura,
Na noite que nos veste de jornada.
Desfaz-se o peso de aflições diurnas,
No colo escuro que a vigília encerra;
Respira o ser em bálsamo que acalma,
Enquanto a lua acende a luz da alma.
Ah, prazer simples que o descanso encerra,
Renova a força e abençoa a guerra!


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