Vinte anos já haviam se passado,
Desde o instante em que jurou eterno;
E o tempo, então, de manso e brandamente andado,
Forjara laços de um viver terno.
Mas naquele dia, algo diferente surgiu,
Como um despertar de flor ao sol raiar;
Nos olhos dela, novamente luz viu,
E o coração voltou a palpitar.
Não era novo o rosto que admirava,
Mas nela, uma chama ainda ardia;
E foi no sorriso simples que encontrava
A essência pura do amor que nunca fugia.
Assim, após duas décadas, ele entendeu:
Que o amor não cansa, apenas cresceu.


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