Dexaketo

Leazinha era uma menina de 8 anos cujo o sorriso iluminava qualquer ambiente, mas seu maior brilho vinha dos olhos. Eles se acendiam sempre que ela segurava um livro. Desde pequena, Leazinha descobriu nos livros um mundo mágico onde podia ser quem quisesse: uma princesa corajosa, uma cientista curiosa ou até mesmo uma árvore falante.

Todos os dias, depois da escola, enquanto outras crianças corriam para o parquinho, Leazinha seguia direto para a biblioteca do bairro. Lá, sentava-se no cantinho mais tranquilo, com as pernas cruzadas e o livro aberto sobre o colo. O som das páginas sendo viradas era música para seus ouvidos. Ela amava tudo: o cheiro de papel novo, as capas coloridas e, principalmente, as histórias que faziam sua imaginação viajar longe.

Sua mãe contava que, quando tinha apenas 4 anos, Leazinha já pedia para ouvir a mesma história repetidas vezes antes de dormir. Até que um dia, ela pegou o livro das mãos da mãe e começou a “ler” sozinha – inventando palavras que combinavam com as figuras. Aos poucos, aprendeu de verdade, devorando cada palavra com entusiasmo.

O que mais encantava as pessoas ao redor era como Leazinha trazia os personagens dos livros para a vida real. Conversava com eles em voz alta, chorava com suas derrotas e vibrava com suas vitórias. Certa vez, organizou uma festa em casa para celebrar o aniversário de Alice, do clássico Alice no País das Maravilhas. Todos ficaram impressionados com a dedicação: chapéus malucos, chás imaginários e até um gato risonho desenhado à mão.

Para Leazinha, os livros não eram apenas objetos; eram amigos que a ensinavam, emocionavam e inspiravam. Seu sonho? Um dia escrever sua própria história, para que outras crianças também pudessem sentir aquela mesma magia que transformava seus dias em aventuras extraordinárias.