No quarto vazio onde ecoa a saudade,
A sombra do teu riso ainda me envolve.
Partiste em silêncio, levando a verdade,
E a noite, sem fim, no peito se resolve.
Teu nome, no escuro, é um corte na alma,
Promessa quebrada em estilhaços de dor.
Traição, fria chama, consome a calma,
Mas o coração te procura, mesmo à flor.
Não bastou o adeus? Por que insisto em chamar
O fantasma de um amor que me envenenou?
Nas asas do tempo, quisera voar,
Mas preso ao passado, meu pranto lavrou.
Ainda que a ferida sangrará eterna,
Amo o que me mata… Saudade, és minha caverna.


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