Cai a chuva em fios delicados,
Tecendo o chão com prata a reluzir.
Os dois se encontram, corações inflados,
No breu da noite, sob o céu a rir.
Ela com tranças presas pelo vento,
Ele, desajeitado, a contemplar.
O mundo é um sonho, o tempo é lento,
Só importa o jeito de se olhar.
A chuva canta em gotas musicais,
Enquanto mãos adolescentes se tocam,
Desenhando promessas tão banais,
Mas puras como o orvalhar que abraçam.
Amor tão breve, mas tão especial,
Guardado eterno em versos universais.


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