No peito arde a chama que consome,
Um fogo intenso, ardente, sem medida,
Que em sua luz transforma a dor em lume,
E faz da vida um sonho mal vivido.
A paixão vem como mar revolto,
Arrasta o ser ao abismo mais fundo,
Promete o céu e deixa o coração solto,
Perdido em prantos, preso em laço imundo.
Oh, sofrimento, leal companheiro,
Que segue a paixão como sombra à luz,
Faz do amor um caminho traiçoeiro,
Mas quem resiste ao seu cruel capricho?
Se na desgraça encontro o meu porvir,
Prefiro amar, ainda que em martírio.


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