No muro antigo que divide o lar,
O coração transborda sem medida.
Ela, flor jovem em manhã florida,
Faz-me sonhar e ao mesmo tempo penar.
Seu riso é luz que vem me deixa bobo,
Mas sinto a sombra da vida construída:
Quarenta anos já pesam nas decisões,
Enquanto ela é primavera a florescer em seus vinte e pouco.
Ah, como pode amor brotar tão puro,
Se o medo vive à espreita?
Meu peito clama, mas não ousa agir.
Pois temo o mundo cruel julgar,
E esse sentimento desabar em choro
Amor assim preciso aprender a sufocar… ou desistir.


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