Dexaketo

Simplesmente Gaiato

O Primeiro Amor

No balanço suave da tarde que finda,
Ela o viu pela primeira vez sorrir.
O coração bateu como quem ainda aprende,
E a alma flutuou sem saber porquê partir.

Ele, de olhos tímidos e jeito distraído,
Guardava no peito um segredo tão singelo.
A menina se perdeu naquele olhar escondido,
Como quem descobre um mundo novo e eterno.

Entre risos travessos e conversas pequenas,
As horas voavam sem pedir licença.
Cada palavra era uma estrela serena,
Iluminando os sonhos da inocente cumplicidade.

Ela corava ao ouvir seu nome no vento,
Como se fosse música em melodia secreta.
Ele gaguejava, mas seguia inventando assunto,
Pois cada segundo junto já valia a espera.

Os dedos quase se tocaram certa vez,
Mas o medo travou aquele gesto incerto.
Ela pensou: “Será que ele também me vê?
Ou é só meu coração confundindo o alerto?”

Os dias se passaram, e o verão foi testemunha
De sorrisos furtivos e olhares demorados.
Eles aprenderam que o amor não tem pressa nenhuma,
É feito de instantes simples, mas nunca ignorados.

Até que um entardecer, sob a luz desmaiada,
Ele tomou coragem; ela sentiu o chão sumir.
Um beijo breve, cheio de promessas guardadas,
Fez nascer entre eles algo que nunca vai partir.

A primeira paixão é assim: pura e verdadeira,
Um turbilhão de emoções, mistura de medo e prazer.
Nela, encontramos o começo da longa trilha inteira,
Onde aprendemos a amar e, enfim, a nos conhecer.

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