Teus olhos são astros que não posso alcançar,
Luz incandescente em noite sem perdão,
Nosso amor, fantasma a vagar sem direção,
Um verso sem rima, um suspiro no ar.
Quero teu nome em cada grão do mar,
Mas a maré me arrasta para longe da tua mão,
Sou chama que não se apaga no furacão,
E tu, gelo eterno, não me deixas queimar.
Ah, destino cruel que teceu nossa trama,
Dois corpos num baile de sombra e labirinto,
Súplica muda que o tempo não reclama:
Vivo na dor que me consome em vão,
Pois mesmo ausente, és o meu mais terno quinto,
Amor impossível, meu eterno verão.


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