Dexaketo

Simplesmente Gaiato

Vinho Proibido

Na taça do amigo, o licor que me incendeia,
Teu risco na carne, labirinto de pecado;
Sob o manto da noite, o pecado é lavrado,
E a culpa, flor murcha, no altar se ondeia.

Teus dedos, serpentes que a razão devoram,
No mapa do meu corpo traçam fronteira e chama;
No leito do abismo, dois sóis se declaram,
Enquanto o juramento às cinzas se devora.

Oh! Breve império de âmbar, suor e tormento:
Somos náufragos cegos no mar do desejo,
Colhendo o fruto proibido do mesmo lenho.

Ao alvor, a máscara de verniz e lamento:
Teu olho, espelho vazio onde não me vejo,
Viveremos felizes, sem o passado lembrar


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