Entre estrelas distantes, teu nome ecoou,
Um amor proibido, que o tempo apagou.
No abismo noturno, dois sóis a brilhar,
Mas um no inverno, outro no verão a queimar.
Tua voz era o vento que eu não podia ouvir,
Meus versos, segredos que o mar soube cobrir.
Erguemos castelos nas areias da ilusão,
E o destino, cruel, nos cegou de razão.
Por trilhas de espinhos, seguimos na dor,
Dois rios correndo em direção ao mesmo fulgor.
Na aurora da insânia, o impossível se fez véu:
O caos se acalmou, e abraçamos o céu.
Mas o tempo, tecelão de histórias sem fim,
Costurou nossas almas num verso rubro assim.


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