No emaranhado da tecnologia,
Onde a luz fria da tela nos consome,
A solidão, que à alma corrói sombria,
Encontra abrigo num mundo irreal, fome.
O burnout surge como maré vazia,
No peito um vão, um eco sem calor,
Escravos do relógio que dia a dia
Nos roubam a existência e o amor.
Mas nas águas do rio que o tempo alonga,
Há segredo antigo que renova:
Lava a ferida, a mente nos aprimora,
Devolve à vida a cor que ainda sobra.
Que a máquina não apague nossa essência,
Nem a pressa afogue a resiliência.


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