No peito, um sentimento se agita,
Entre o amor que brilha e o medo que grita.
Dois fios que tecem a mesma trama,
Um acalenta, o outro afama.
O amor é vento, leve e sem fim,
Que sopra no escuro, trazendo jardim.
Mas o medo é sombra, silêncio profundo,
Que espreita nas bordas de um mundo sem fundo.
E assim caminho, entre luz e tormento,
No labirinto do meu próprio sentimento.
Pois quem ama também sabe temer,
E quem teme ainda pode querer.
Que o amor vença, mas não cegue o olhar,
E o medo proteja, sem me paralisar.
Porque a vida é feita de ambos, eu vejo:
O amor que liberta, o medo que enseja.


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