Dexaketo

Simplesmente Gaiato

A Viajante do Tempo – Capítulo 1

O ano era 1923, o Brasil vivia a república velha. Artur Bernardes era o Presidente do país, e não fazia um ano que ocorrera a Semana de Arte Moderna. No Rio Grande do Sul, os ânimos estavam esquentados, e faziam poucos anos que o país havia se livrado da devastadora Pandemia de Gripe Espanhola. O país se urbanizava, mas ainda era bastante rural. É o caso de nossa protagonista – Léa. Filha de dois indigentes, ela foi vendida para um importante barão do café. Sua função era ser esposa de seu primogênito, afim de expulsar o demônio que insistia em “afemininar” seu principal herdeiro. Léa, totalmente sem sobrenome, e até sem nome oficialmente, foi de trem até o interior de São Paulo aonde estava localizada a fazenda de seu futuro esposo. Para ela não era sacrifício ser esposa de um “afemininado”, era até bom, pois ela estava com uma espécie de nojo de homem.

Ela foi parar ali, após o barão a descobrir se vendendo pelas estradas. Quando a fome bate, a moral não existe. Ele se encantaria por ela, não só por sua beleza e sensualidade, mas por sua inteligência e carisma. Mesmo indigente, Lea sempre soube buscar meios de ampliar seus conhecimentos.

Ao chegar na tal Fazenda, ela foi recebida com todas as honras pelo barão e por sua esposa. A Casa Grande era enorme, além de bela e bastante requintada. Ao conhecer seu esposo, percebe na primeira troca de palavras, que ele era realmente afeminado. Ele era bastante culto, era forte, era belo para os padrões de beleza do início do século XX, mas era notável que ele, em algum momento havia tido algo com o mordomo da casa. Era muito notável, o carinho mútuo que existia entre Mordomo e chefe.

Logo após o jantar, o barão afirma que Lea e seu primogênito se casariam dentro de 2 meses. Era o tempo mínimo para saírem todos os documentos necessários para dar um nome para Lea e depois oficializar o matrimônio. Lea concordava com tudo, era a mudança de vida que ela tanto desejava.

Uma certa noite, Lea estava em seus aposentos, quando…

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