Dexaketo

Olhei para o céu naquela noite, e me encontrei envolvido por uma Estrela. Mesmo milhões de Ano-Luz distante de mim, meu ego a apreciava como se ela quisesse me dizer algo. A verdade era seu brilho me seduzia, me fazendo sentir a essência do que é ser um Vaga-Lume. Diante daquele momento de Fotossíntese, ideias passavam na minha cabeça, e a mais louca foi a que executei. Fui até a estação mais próxima do Bicicletar e resolvi perseguir aquela pobre estrela.

Obviamente, a gravidade terrestre não iria me permitir deslocar até ela, na prática, pois seria humanamente impossível. Entretanto, como uma mágica meio imbecil pedalei por todas as ciclofaixas possíveis para ver até onde aquela estrela iria me guiar.

Me sentindo como uma espécie de “Rei Mago” do Século XXI, acabo por barroar com uma linda moça. Peço desculpa, ela apenas rir. Eu confesso que não a vi, pois me distraí com a estrela. Ela rindo, confessa que a mesma estrela a distraiu também. Deu para perceber? Aquela estrela, tão distante, foi o elo que me uniria com aquela garota.

Alguns anos passaram e, obviamente, namorei e casei com aquela moça, colocamos o nome de nossa filha de Estrela, em gratidão, àquele astro luminoso que nos levou ao grande amor.