Kraus era um menino danado, muito danado. Com 9 anos de idade, tinha o inquestionável apelido de “Diabinho”. Sua tendência natural de arranjar confusões, era de enlouquecer seus pais e seus amigos.
No Natal, deste ano, por exemplo, ele inventou de colocar sabão no Chester e quebrar todos os presentes da família. Ao se separar com aquela situação, seus pais não pensaram duas vezes – Kraus passará o Réveillon na casa do vovô Alvarenga. Kraus ficou nervoso ao saber disso. Jurou várias promessas de bom comportamento, porém, foi inevitável.
No dia 31 de Dezembro, seus pais foram para uma barraca da Praia do Futuro, enquanto Kraus, foi para o Conjunto Ceará, onde ficava a casa de Vovô Alvarenga.
As ruas do Conjunto Ceará estavam animadas, o pessoal estava no clima do Réveillon. Enquanto isso, o vovô Alvarenga assistia as reprises dos jogos do Brasileirão no Sportv. Kraus pensou em aprontar uma com o velho, colocou sonífero na água e ofereceu ao seu Vô. Alvarenga, malandro, exigiu que seu neto bebesse primeiro. Kraus sorriu e fingiu quebrar o copo. Alvarenga exigiu que ele limpasse o local. Kraus deu piti, porém Alvarenga manteve a ordem. Kraus foi lá e limpou.
Antes da meia-noite, Kraus desligou a TV de Alvarenga na tomada. Alvarenga pediu para o menino religar. Kraus deu um cotoco, xingou o Vô e saiu correndo para o quarto. Quando Kraus pegou no videogame, tudo se apagou. Kraus foi até a sala, e viu, que Alvarenga tinha desligado a geral – Só ligo a Geral novamente, quando colocar a tomada no lugar. – Afirmou Alvarenga. Kraus viu que seu Vô era mais loucão que ele. Logo, resolveu colocar a tomada de volta no lugar.
Naquela virada de ano, Kraus tentou fazer dezenas de arrumações, porém todas antecipadas e evitadas por seu avô. Kraus ficou desestimulado em aperrear o juízo de seu patriarca. Foi dormir. Apesar que as músicas de Alvarenga não permitia um sono sossegado do neto. Alvarenga tinha a mania de ouvir uns bregas clássicos antes de dormir. Como era Réveillon, ele resolveu esticar um pouco esta festa particular, para desespero de Kraus.
Pela manhã, os pais de Kraus foram o buscar. A mãe de Kraus perguntou ao seu pai, se tudo havia ocorrido tranquilo. Alvarenga afirmou que sim. Kraus pediu para nunca mais passar uma noite com seu Vô. O Pai de Kraus afirmou que toda mal criação dele, seria um dia que ele passaria com Alvarenga.
Depois desse réveillon, Kraus se tornou um anjo de menino. Ainda aprontava, mas nada que fizesse mal a ninguém. Nada melhor para um louco, do que alguém mais louco do que ele.
Feliz Ano Novo!


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