Estamos em Fortaleza dos anos 1910. Parte da elite ainda morava pelo Jacarecanga, e era o caso de nossos noivos. De um lado, João, um rapaz em seus 20 anos, filho de um importante industrial, que há poucos anos havia instalado uma de suas fábricas na Francisco Sá. Do outro lado, Luiza, uma moça casta, bem criada, que tinha em torno de 18 anos. Sua família era aristocrata, seu pai tinha imensas faixas de plantações de algodão no interior do estado. Não era um casamento, era um acordo comercial entre uma indústria que se beneficiaria bastante do algodão.
O casal vivia feliz, mesmo com as saídas noturnas de João. Ora, ele era homem, e todo homem possui necessidades sexuais que uma senhora de família nem sempre pode propiciar. Luiza e João, por uma questão de saúde, tiveram apenas um filho, ao qual deram o nome de Bernardo.
Bernardo sempre teve tudo o que uma pessoa pode ter em sua vida. Além do carinho de seu pai e sua mãe, sempre teve o melhor estudo possível, visto que ele era o herdeiro único da maior indústria de algodão do Ceará.
Com o falecimento do pais de João e Luiza, o casamento se tornou um grande acordo comercial, aonde João tornou-se o “Rei do Algodão”. Apesar do casal viver bem, quando surgiam as crises, eles recordavam do grande império do algodão que tinham em suas mãos.
O tempo foi passando e…


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