No segundo tempo, Bernardo sabia que teria de fazer o melhor jogo de sua vida, mesmo sendo seu primeiro jogo oficial completo. Diante da pressão, ele se mostrou resiliente, deixando o nervosismo de lado, fez o básico do que um lateral-direito pode executar em campo, surpreendendo Zé. Entretanto, ao fim do jogo, a derrota causada por um erro seu, no início da partida, pesou para que ele saísse de jogo ainda no banco de reservas para a próxima partida.
Bernardo chegou em casa e encontrou o colo de sua mãe o carinho que precisava para se reerguer e seguir trabalhando. Luiza afirmou que nem todo mundo se tornava um grande astro do futebol, já no primeiro jogo da base. Ele deveria seguir trabalhando, pois se o futebol era o seu sonho, ele deveria lutar sempre por este.
No retorno aos treinos, João seguiu dando o “migué” de que estava machucado. Como na pequena base daquele time não tinha médicos, Zé conseguiu com Jurandir uma consulta para João na Capital. Era o que João queria. Com a ida do “miguezento” para Fortaleza, Zé se via obrigado a usar Bernardo novamente, e o pior, em um jogo contra um time da Capital.
No vestiário, antes do começo da partida, Zé conversa com Bernardo e consegue perceber ali, que o lateral nervoso do primeiro tempo do primeiro jogo era passado. A confiança que Alex, que conversou com Bernardo durante toda manhã no colégio, passou para o Camisa 13, era o suficiente para ele mostrar do que era capaz. A confiança era tanta que Bernardo pediu para jogar com a 13. Zé aceitou. Era outro Bernardo.
Então, começa o jogo…
Dexaketo 
Deixe um comentário