Após o primeiro jogo, o retorno pra casa foi só de alegria. A festa tomava de conta daquele velho furgão. Apesar de ser apenas o lateral-direito, João foi o grande destaque daquela incrível vitória. Vendo o tamanho e a importância de João na equipe, Bernardo percebeu que seria banco por muito tempo, mas em nenhum momento abriria a mão de seu sonho.
O tempo foi passando, Bernardo foi seguindo no banco de reserva. Foi assim por todo o sub-11, todo o sub-13, todo o sub-15, até que no sub-17, as coisas pareciam mudar de rumo.
Cansado de esperar, Bernardo cogita largar o futebol para ser um funcionário público. Ele esperava apenas chegar à maioridade para fazer um concurso público, e assim, teria a estabilidade financeira que tanto almejava.
Quando o Bernardo estava saindo para o treino, Luiza, mãe de Bernardo, pergunta ao filho se ele estava bem. Bernardo afirma que sim. Luíza duvida muito que Bernardo estivesse bem, não era isso que expressava o seu olhar. Ela insiste em saber o que estava acontecendo com o filho, Bernardo desabafa: “Ser reserva, à mais de seis anos, e ter pouquíssimas chances de entrar, era muito ruim, estou muito distante do meu sonho.” Luiza fala para o filho que ele nunca desista de sonhar, e além disso, ele tinha apenas 17 anos, muita coisa ainda poderia acontecer até a profissionalização. Bernardo abraça Luiza e vai para o treino.
Ao chegar no treino…


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